terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Escolha da escola




Falando em escolher a escola para o filho, a primeira orientação é saber o que eu(mãe) quero e o que o meu filho necessita.
Em seguida é como eu quero criar meu filho.

A partir daí é que saberemos qual escola escolher, sabendo que não vamos achar a escola ideal. 
Não existe.
Os profissionais podem ser bons, mas a didática não corresponder.
O material pode ser bom, mas o professor não sabe usar.
O espaço é agradável, mas há superlotação.
Enfim, temos uma série de pré-requisitos a serem vistos antes de escolher a "escola para meu filho".

Essa escolha é muito complexa, mas se partir do que "eu" quero, o que "eu" posso e o que "eu" aceito, então vai ficar um pouco mais fácil.
Mas leve em consideração que a questão é a escolha para o filho e não para si.


Indico o link abaixo, onde há critérios para escolher a escola do seu filho por profissionais qualificados e experientes de 2009, mas atual. 

Educar para Crescer

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O Frevo freve

Quem nunca ouviu falar no frevo?

O frevo é um ritmo, uma dança de Pernambuco que é quente e ferve.
Toca muito principalmente no Carnaval, mas durante todo o ano, em festas, bailes tem sempre o frevo animando e contagiando.





Quando se entra no passo, não pára mais.


"Quando o frevo começa parece que o mundo já vai se acabar.
Hei!

Quem cai no passo não quer mais parar"

Meninuuu, é bom demais!!!

"Bom demais, bom demais, bom demais, bom demais,

menina vamos nessa que o frevo é bom demais"

E ontem foi o dia do Frevo e imaginem que as ladeiras de Olinda ferveram.

"Quem é de fato um bom pernambucano espera um ano e se mete na brincadeira"

O fato é que Frevo é lindo de ouvir e ver.

Minha homenagem ao dia do Frevo que já contagiou mais uma vez esse Carnaval que está chegando.

Viva o Frevo!

E o maestro Spok explica aqui as modalidades do Frevo.
Assistam e vejam que beleza.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Educação




Aqui no meu país, a educação levará muitos séculos pra chegar em um patamar digno de aplausos.
O que mais me espanta, é ver as pessoas reclamarem da educação por várias razões, no entanto vejo lixos serem atirados pelas janelas dos carros, vou atravessar uma rua na faixa de pedestre e ninguém pára, vagas para deficientes e idosos ocupadas por outros sãos(acho que por deficiente mental), entre outros.
Hoje, mais uma vez, fui atravessar na faixa de pedestre, como sempre, e claro que nenhum carro parou. Quando eu consegui passar correndo, é que vinha um carro lá longe que me viu nessa aventura e parou. 

Fiquei até emocionada!

E falando em educação acadêmica... deixa pra lá.

Bem, falando em final de semana, deixo uma imagem para relaxarmos.


(imagem retirada do Google)


B O M  F I N A L  D E  S E M A N A !

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Muito cedo para decidir





Muito cedo para decidir
Rubem Alves

Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato, foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito o que estava acontecendo, ainda não haviam completado 10 anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada um fazendo a infelicidade do outro.

Vocês dirão que felizmente esse costume nunca existiu entre nós: obrigar crianças que nada sabem a entrar por caminhos nos quais terão de andar pelo resto da vida é coisa muito cruel e... burra! Além disso já existe entre nós remédio para casamento que não dá certo.

Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: "isso não é casamento!". Naquele tempo, sim, casamento era decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males. Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se até mesmo contra a vontade do Papa, e os dois ficam livres para começar tudo de novo...

Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita, os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. "Tomar uma decisão para o resto da minha vida, meu pai! Não posso agora!" e o pai e a mãe perdem o sono, pensando que há algo errado com o menino ou a menina, e invocam o auxílio de psicólogos para ajudar...

Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter.

Do mesmo jeito não: a situação é muito mais grave. Porque casar e descasar são coisas que se resolvem rápido. Às vezes, antes de se descasar de uma ou de um, a pessoa já está com uma outra ou um outro. Mas, com a profissão não tem jeito de fazer assim. Pra casar, basta amar.

Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer.

A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o resto da vida, mesmo sem saber.

Saber que a gente gosta disso e gosta daquilo é fácil. O difícil é saber qual, dentre todas, é aquela de que a gente gosta supremamente. Pois, por causa dela, todas as outras terão de ser abandonadas. A isso que se dá o nome de "vocação"; que vem do latim, vocare, que quer dizer "chamar". É um chamado, que vem de dentro da gente, o sentimento de que existe alguma coisa bela, bonita e verdadeira à qual a gente deseja entregar a vida.

Entregar-se a uma profissão é igual a entrar para uma ordem religiosa. Os religiosos, por amor a Deus, fazem votos de castidade, pobreza e obediência. Pois, no momento em que você escrever a palavra fatídica no espaço em branco, você estará fazendo também os seus votos de dedicação total á sua ordem. Cada profissão é uma ordem religiosa, com seus papas, bispos, catecismos, pecados e inquisições.

Se você disser que a decisão não é tão séria assim , que o que está em jogo é só o aprendizado de um ofício para se ganhar a vida e, possivelmente, ficar rico, eu posso até dizer: "Tudo bem! Só que fico com dó de você! Pois não existe coisa mais chata que trabalhar só para ganhar dinheiro."

É o mesmo que dizer que, no casamento, amar não importa. Que o que importa é se o marido — ou a mulher — é rico. Imagine-se agora, nessa situação: você é casado ou casada, não gosta do marido ou da mulher, mas é obrigado a, diariamente, fazer carinho, agradar e fazer amor. Pode existir coisa mais terrível que isso? Pois é a isso que está obrigada uma pessoa, casada com uma profissão sem gostar dela. A situação é mais terrível que no casamento, pois no casamento sempre existe o recurso de umas infidelidades marginais. Mas o profissional, pobrezinho, gozará do seu direito de infidelidade com que outra profissão?

Não fique muito feliz se o seu filho já tem idéias claras sobre o assunto. Isso não é sinal de superioridade. Significa, apenas, que na mesa dele há um prato só. Se ele só tem nabos cozidos para comer, é claro que a decisão já está feita: comerá nabos cozidos e engordará com eles. A dor e a indecisão vêm quando há muitos pratos sobre a mesa e só se pode escolher um.

Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave. Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de idéia. Eu mudei de idéia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo. Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois?

Em tudo isso o que causa a maior ansiedade não é nada sério: é aquela sensação boba que domina pais e filhos de que a vida é uma corrida e que é preciso sair correndo na frente para ganhar. Dá uma aflição danada ver os outros começando a corrida, enquanto a gente fica para trás.

Mas a vida não é uma corrida em linha reta. Quando se começa a correr na direção errada, quanto mais rápido for o corredor, mais longe ele ficará do ponto de chegada. Lembrem-se daquele maravilhoso aforismo de T. S. Eliot: "Num país de fugitivos os que andam na direção contrária parecem estar fugindo."

Assim, Raquel, não se aflija. A vida é uma ciranda com muitos começos.

Coloque lá a profissão que você julgar a mais de acordo com o seu coração, sabendo que nada é definitivo. Nem o casamento. Nem a profissão. E nem a própria vida...

O escritor  responde a uma estudante angustiada e dá aos pais motivos para meditarem sobre a escolha da profissão.


O texto acima foi extraído do livro "Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares", editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 31.



Então, não precisa pressa, porém não durmam no tempo.